sábado, 10 de novembro de 2012

Cuidados após a Amputação

A delicada conexão entre o corpo humano e a tecnologia moderna requer alta competência e cuidados e atendimento interdisciplinares. Novos desenvolvimentos como o Sistema Harmony® aumentaram consideravelmente a segurança e o conforto, em particular para amputados transtibiais. Contudo, a protetização somente poderá ser otimizada, e complicações evitadas, se o paciente receber um tratamento médico-terapêutico adequado no membro residual logo após a amputação. Cirurgia Na verdade, o cuidado preventivo já começa na cirurgia, onde o membro residual deverá ser moldado com vistas à funcionalidade. Por exemplo, protusões ósseas devem ser protegidas por tecido muscular, para que não se apóiem diretamente na pele sensível. Em cada fase da preparação do membro residual, o tratamento deve considerar e se adaptar à causa da amputação, às particularidades do membro residual e aos fatores de risco do paciente. Durante a fase de recuperação pós-operatória, o tratamento deverá focar o cuidado com o ferimento e a atenção com a forma do membro residual. Os ferimentos devem ser examinados diariamente para descobrir sinais de infecção e de coagulação do sangue. Devido ao tamanho do ferimento, geralmente desenvolvem-se edemas pós-operatórios – uma acumulação de líquido dos tecidos entre camadas de células. Um tratamento especificamente dirigido ao edema usando terapia de compressão utiliza bandagens, botas de Unna, um molde para o membro residual e, após a remoção dos drenos, liners pós-operatórios. A drenagem linfática diária e o posicionamento do membro residual acima do nível do coração aceleram o processo de cura. Durante a terapia do edema e a formatação do membro residual, deve-se evitar ao máximo o estrangulamento do membro residual, que pode resultar em severas complicações posteriores. Tratamento Uma vez que o ferimento tenha sido curado, o tratamento se voltará para a promoção de uma capacidade sensorial diferenciada e o endurecimento da pele do membro residual. Ao mesmo tempo, as articulações adjacentes devem ser mobilizadas para manter ou recuperar o movimento natural do paciente. Os músculos do membro residual devem então ser treinados para que a prótese possa ser usada com firmeza e segurança. Uma prótese deve ser providenciada tão logo o membro residual tenha sido suficientemente tratado e preparado. Os pacientes devem começar a usar a prótese durante curtos períodos de tempo, e ir aumentando este prazo de forma a acostumar a pele e os tecidos com o dispositivo mecânico. A participação ativa do paciente no processo é de fundamental importância. Afinal, os pacientes conhecem e sentem as particularidades de seu membro residual melhor do que qualquer outra pessoa. Os pacientes devem contribuir ao adotar mudanças de hábito, como parar de fumar e controlar o açúcar no sangue através de dieta. São altamente recomendadas atividades físicas, como levantamento de peso, não só para o membro residual, mas para todo o corpo. Além do mais, os pacientes devem aprender os cuidados diários com o membro residual. Deve-se buscar a ajuda de terapeutas ocupacionais e esportivos, fisioterapeutas, e especialistas em locomoção. Protegendo os membros residuais O Sistema Harmony® da Otto Bock apresenta um conceito inovador para a proteção de membros residuais. O novo conceito supera os procedimentos convencionais e é também efetivo nos problemas médicos mais complicados. Agraciado com o prêmio ‘Concepts’ da Life Science em outubro de 2005 (foto), o Sistema Harmony® oferece vantagens para amputações de membros inferiores e os conseqüentes problemas de circulação. O Sistema Harmony® é um tratamento especialmente recomendado para pacientes com diabetes, doença arterial oclusiva, ou outras complicações da estrutura óssea sob a pele ou irritações na cicatriz. O encaixe é formatado de acordo com o paciente para proteger as estruturas sensíveis. O contato completo entre o liner e o encaixe proporciona ótima aderência. O membro residual fica, portanto, efetivamente protegido de esfolados e outros problemas. A pressão negativa promove a circulação do sangue mesmo nos menores vasos. Assim, evita-se o indesejado encolhimento do membro residual quando a prótese é usada por um período de tempo mais longo. O encaixe adequado fica no lugar o dia inteiro. Ao retirar a prótese, o membro residual estará quente e bem irrigado de sangue. Por fim, o Sistema Harmony® possui também uma suspensão que protege as articulações.

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